MMA e PNUD traçam estratégias após aviso de encerramento da produção do HFC 365/227

A substância, que tem elevado potencial de aquecimento global, deixará de ser produzida mundialmente em setembro deste ano

5 de May de 2023
Crédito: Protocolo de Montreal – Brasil

O impacto do fim da produção de HFC 365/227 no projeto de espumas do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) no Brasil e a adesão de novas empresas ao projeto foram alguns dos assuntos em pauta durante encontro recente com as Casas de Sistemas Amino (Diadema-SP), Purcom (Barueri-SP), Univar (Osasco-SP) e Polyurethane (Ibirité-MG). Uma comitiva com representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do PNUD visitou os estados de São Paulo e Minas Gerais disposta a contribuir com a implementação direta das ações e atividades aprovadas para o setor de manufatura de espumas de poliuretano. Como estratégia para motivar as empresas a aderirem ao PBH, foi proposta a realização de workshop específico para os clientes das Casas de Sistemas, com o objetivo de apresentar o projeto, suas etapas e benefícios.

O PBH, implementado no Brasil desde 2013, prevê recursos doados pelo Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal. O objetivo é auxiliar as empresas em seu processo de migração para tecnologias livres de substâncias que destroem o ozônio e com baixo potencial de aquecimento global. Até o momento, o PBH apoiou a conversão industrial de cerca de 384 empresas do setor de espumas de poliuretano, ajudando o país a cumprir as metas estabelecidas pelo Protocolo de Montreal. Entretanto, muitas empresas têm adiado sua decisão de aderir ao projeto em função da disponibilidade comercial do HFC 365/227. Com o anúncio do encerramento da produção mundial dessa substância, previsto para 1º de setembro de 2023, essas empresas têm agora a oportunidade de avaliar novamente sua adesão ao projeto.

As empresas aptas a receber recursos devem estar legalmente estabelecidas no Brasil, ter utilizado HCFCs em seu processo de produção de espumas de poliuretano e optar por alternativas tecnológicas de zero potencial de destruição do ozônio e de baixo impacto ao sistema climático global. Em caso de dúvidas, empresa interessadas devem fazer contato pelo e-mail ozonio@mma.gov.br  .