Com financiamento do Fundo Verde para o Clima (GCF), o Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o PNUD, anunciou mais investimentos com Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) para agricultores familiares que ajudam a manter a floresta em pé e, também, com infraestrutura para apoiar os municípios no controle e monitoramento do desmatamento na região. A iniciativa faz parte do Projeto Floresta+ Amazônia, que no estado é executado em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, por meio do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). 

O anúncio foi feito na última terça-feira (9) em Manaus (AM) e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, ministros de Estado, prefeitos, secretários municipais de meio ambiente, servidores do MMA e agricultores familiares. Na ocasião, o PNUD foi representando pela coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Ambiental Sustentável (UDAS), Luana Lopes.  

Um dos investimentos anunciados foi o pagamento do Lote 2 por PSA de mais R$ 1,5 milhão para agricultores familiares que contribuem com a conservação da vegetação nativa. Cerca de 200 produtores estão sendo beneficiados de 15 municípios amazonenses.  Somente nessa etapa, o investimento equivale a quase 14 mil hectares de floresta viva e 8 milhões de árvores em pé. 

No total, só no apoio à agricultura familiar, o Projeto Floresta+ Amazônia já alcançou quase 8 mil agricultores e agricultoras inscritos no edital de PSA, que remunera quem mantém a vegetação nativa em suas propriedades. Quase 2,5 mil beneficiários estão no Estado do Amazonas. Até o momento, foram pagos quase R$ 17 milhões por PSA aos estados da Amazônia Legal,  um marco na história da conservação da região e do país.

Em 2025, o Projeto Floresta+ já pagou mais de 2 milhões a agricultores e se prepara para desembolsar quase R$ 10 milhões ainda neste ano. Ainda é possível se inscrever no Edital PSA Agricultura Familiar nos mutirões presenciais com as equipes locais, que ocorrem continuamente nos municípios amazônicos, ou por meio do site do projeto (www.florestamaisamazonia.org.br).

A ministra Marina Silva ressaltou que o Floresta+ Amazônia é um exemplo de política pública que alia conservação, renda e bem-estar. “Os pagamentos por serviços ambientais demonstram que a preservação da floresta pode gerar prosperidade e qualidade de vida. Além disso, os novos investimentos fortalecem a regularização ambiental e fundiária, ampliam o acesso à assistência técnica e estimulam práticas produtivas sustentáveis”, destacou. 

Ainda foram anunciados recursos para 70 cidades no âmbito do Programa União com Municípios do MMA para implantação de escritórios locais de monitoramento e controle do desmatamento, com apoio do Floresta+. Desse total, 11 municípios estão no Amazonas. O montante total investido é de aproximadamente R$ 60 milhões para infraestrutura e capitação, como cursos, equipamentos, softwares e veículos (carros, motos e barcos). 

O presidente Lula ressaltou a importância de fortalecer a atuação dos municípios e comunidades na defesa da Amazônia: “Nós precisamos garantir que as pessoas que vivem na floresta tenham condições de preservá-la e, ao mesmo tempo, prosperar com dignidade. Por isso, estamos investindo em tecnologias, equipamentos e incentivos para os municípios, que permitam combater o desmatamento e gerar oportunidades para quem protege nossa riqueza ambiental”.