INE lança inquérito sobre as Organizações da Economia Informal e reforça cooperação com PNUD

24 de July de 2022
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O Representante Residente do Programa das Nações para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Edo Stork, e o Director Geral do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), José Calengi, assinaram esta terça-feira dia 14 de Junho, no INE, em Luanda, um Memorando de Entendimento para reforçar a cooperação em matéria de estatísticas nacionais para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Na mesma cerimónia, foi lançado o Inquérito às Organizações Profissionais Representantes de Actores da Economia Informal (IOPREI), realizado pelo INE, em parceria com o PNUD e Organização Internacional do Trabalho (OIT), para apurar os desafios das organizações de trabalhadores e dos empreendedores na economia informal na capital.

Com esta actualização da longa e proveitosa parceria entre o INE e o PNUD, que começou em 2018, ambas as instituições se comprometem a cooperar no estudo e análise de questões relacionadas aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo saúde, emprego, ambiente, género, governação e direitos humanos, e desenvolvimento humano.

No seu discurso, o Representante Residente do PNUD lembrou os “ótimos resultados” que a parceria com o INE tem trazido nos últimos anos, mencionando a análise do Índice de Pobreza Multidimensional de Angola (IPM-A), que definiu a linha de base para o ODS 1 (erradicação da pobreza), o Relatório das linhas de base dos ODS, o Relatório Nacional Voluntário (RNV) dos ODS publicado em 2021 e a formação contínua dos quadros e técnicos do INE.

Para o futuro, estão previstas acções conjuntas para o desenvolvimento e implementação do Observatório de Género e a elaboração de produtos de conhecimento e capacitação técnica em áreas relevantes, como o monitoramento dos ODS, o Índice de Pobreza Multidimensional de Angola (IPM-A) e a economia informal, entre outros.

Para tal, ambas as instituições irão contar com o apoio das demais agências das Nações Unidas, das universidades, organizações da sociedade civil, sector privado e outros parceiros de desenvolvimento.

O Representante Residente do PNUD afirmou ainda que o Inquérito sobre as Organizações da Economia Informal (IOPREI) vai dar “voz e visibilidade a todos os representantes da economia informal, sejam zungueiras, roboteiros, trabalhadores de cantinas, taxistas, lavadores de carro, etc.”. Assim, poderão ser traçadas melhores “soluções para promover uma transição mais inclusiva desde a economia informal para a economia formal” e para “orientar as políticas relacionadas com a economia informal”.

O PNUD é parceiro do Governo de Angola na implementação do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) e entende que os dados colhidos pelo inquérito ao longo dos próximos seis meses poderão trazer novos conhecimentos e até “informar o Observatório da Economia Informal, que foi criado muito recentemente por decreto”, como explicou Edo Stork.