Arranca hoje capacitação em Media e Eleições dedicada a jornalistas da Rádio Moçambique

August 22, 2023

Pouco mais de 100 profissionais de comunicação afectos à Rádio Moçambique, provenientes de todo o País, estão a beneficiar de uma formação de três dias em matéria de Media e Eleições, organizada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) e o Misa-Moçambique, em parceria com o projecto do PNUD denominado "Reforço da Democracia e dos Processos Eleitorais em Moçambique 2022-2025”. 

Jornalistas da Rádio Moçambique ouvem o discurso de um dos oradores na cerimónia de abertura.

UNDP/Rochan Kadariya

A formação, que conta com o apoio financeiro dos governos da Noruega, do Canadá e da Espanha, decorre na modalidade híbrida (presencial e online) e envolve diversos profissionais da imprensa radiofónica, desde redactores, locutores, produtores, sonorizadores e repórteres. 

O objectivo desta capacitação é doptar os participantes de conteúdos sobre o ciclo eleitoral, o código de conduta de cobertura dos actos eleitorais, o papel da comunicação na gestão de conflitos eleitorais, as técnicas de redacção jornalística, as ferramentas de verificação de factos, bem como de combate às fake news e à desinformação durante os processos eleitorais.
 

Assessor Técnico Principal do Projecto de Democracia e Eleições do PNUD, Sr. Andres del Castillo, explicando as razões que justificam uma formação mais alargada para este sector.

UNDP/Rochan Kadariya

Esta formação é exclusivamente destinada a jornalistas e comunicadores da Rádio Moçambique, ainda que este grupo tenha sido incluído nas formações anteriores. Discursando na cerimónia de abertura, o Assessor Técnico Principal do Projecto de Democracia e Eleições do PNUD, Sr. Andres del Castillo, explicou as razões que justificam uma formação mais alargada para este sector.

“Primeiro, a rádio é o mais de comunicação mais abrangente. Segundo, em todo o mundo, o rádio é conhecido como um meio de baixo custo e popular, que pode alcançar as áreas mais remotas e as pessoas mais marginalizadas, mesmo em situações de emergências ou após um desastre natural. Por último, é um meio que tem sido completamente capaz de adaptar-se ao desenvolvimento de novas tecnologias e os dispositivos móveis, sendo um meio indispensável para fornecer o acesso à informação e melhorar a participação dos cidadãos nos processos políticos”, explicou o Sr. Andres del Castillo.

 

Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe, discursando.

UNDP/Rochan Kadariya

O trabalho da imprensa é imprescindível em qualquer democracia, sendo indispensável o reforço da sua capacidade técnica e institucional para uma melhor cobertura dos processos eleitorais e democráticos. 

“Com esta formação que inicia hoje, com o término previsto para Quarta-feira, pretendemos que estejam lançadas as bases para um trabalho cada vez mais profissional, por parte dos jornalistas, na cobertura das eleições. Pois esta classe da comunicação social é conhecida como o 4ᵒ Poder [entre aspas], tem um potencial enorme de influenciar as atitudes, acções e reações de toda a sociedade. Por isso, ela constitui parte importante para a comunicação, conscientização e educação dos cidadãos sobre o Processo Eleitoral”, afirmou o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dom Carlos Matsinhe.  
 

O Administrador da Rádio Moçambique para a Área de Produção, Sr. Arão Cuambe, que falou em representação do PCA daquele órgão de comunicação

UNDP/Rochan Kadariya

No entender do Administrador da Rádio Moçambique para a Área de Produção, Sr. Arão Cuambe, que falou em representação do PCA daquele órgão de comunicação, esta capacitação irá “elevar o nível técnico e ético da nova geração de profissionais [da Rádio Moçambique], criando assim uma rede de comunicadores capacitados e especializados na cobertura do próximo processo eleitoral”. “A potencialização do uso das línguas locais para transmitir conteúdos eleitorais continua sendo uma das grandes apostas da Rádio Moçambique, pois é a única estação radiofónica que transmite em 19 moçambicanas, além da língua Portuguesa e do Inglês, com uma cobertura nacional de 94% do território durante o dia e 100% durante a noite”, defendeu o Administrador.
 

Group photo

UNDP/Rochan Kadariya

Como uma actividade contínua, esta formação é parte de uma série de capacitações em matéria de media e eleições, iniciadas este ano, em Marracuene, no Dia do Jornalista Moçambicano – celebrado anualmente a 11 de Abril. Desde então, a CNE, o STAE e o MISA-Moçambique, em parceria com o projecto de Democracia e Eleições do PNUD e apoio dos governos da Noruega, do Canadá e da Espanha, já formaram pouco mais de 500 jornalistas e profissionais de comunicação de todas as províncias do País, provenientes de diversas rádios, televisões, jornais impressos, revistas e media digitais.


Notas para os editores:

  • Sobre o PNUD: 
    O PNUD trabalha em 170 países e territórios com o objectivo de erradicar a pobreza e reduzir a desigualdade. Ajudamos os países a desenvolver políticas, competências de liderança, de parceria, capacidades institucionais e a criar resiliência com vista ao alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. O nosso trabalho concentra-se em três áreas principais: desenvolvimento sustentável, governação democrática e construção da paz, e resiliência às alterações climáticas e às catástrofes.

Missão e visão do PNUD: 

  • O mandato do PNUD é erradicar a pobreza, promover a governação democrática, o Estado de direito e instituições inclusivas. Defendemos a mudança e ligamos os países ao conhecimento, à experiência e aos recursos necessários por forma a ajudar as pessoas a construir uma vida melhor.
    Sobre o projecto:
     
  • Desde as primeiras eleições multipartidárias o PNUD tem trabalhado em estreita colaboração com os órgãos eleitorais e de justiça de Moçambique, prestando o seu contributo para consolidação da paz, transparência e eficácia dos processos eleitorais. Através do seu Plano Estratégico, o PNUD sublinha a importância de consolidar e fortalecer os processos democráticos e a prática institucional em Moçambique. Fundamental para estes objectivos é o envolvimento dos cidadãos como principais interessados na governação e administração de Moçambique, com o objectivo de alcançar a adesão completa aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.
  • O "Reforço da Democracia e dos Processos Eleitorais em Moçambique" é um projecto do PNUD, com a duração de quatro anos, concebido para reforçar o sistema democrático e eleitoral em Moçambique e baseia-se no apoio eleitoral anterior e nas lições aprendidas à medida que o país entra no seu ciclo eleitoral, incluindo o período que antecede as Eleições Autárquicas de 2023 e as Eleições Gerais de 2024.

  • O projecto de Democracia e Eleições do PNUD é desenvolvido com base no pedido formal do Governo de Moçambique, na recomendação da Missão de Avaliação de Necessidades (NAM) conduzida pelas Nações Unidas em Abril de 2021, nos relatórios dos observadores eleitorais internacionais sobre as eleições de 2019, e está alinhado com o Documento de Programa do PNUD para o País (CPD) e o Plano Quinquenal do Governo de Moçambique 2020-2024 (Programa Quinquenal do Governo, PQG).


Para mais informações:

Andres Castillo. Tel +258 850751959, andres.castillo@undp.org - CTA, Projecto Democracia e Eleições 
Rochan Kadariya. Tel. +258 842776492, rochan.kadariya@undp.org – Especialista de Soluções Eleitorais Digitais
Mateus Fotine. Tel. +258 879880203, mateus.fotine@undp.org - Oficial de Informação e Relações Externas