Dia Mundial da AIDS

30 de November de 2018

UNAIDS 2018

* Mensagem do Administrador do PNUD, Achim Steiner. 

Este ano marca o 30º aniversário do Dia Mundial da AIDS.

Há muitos anos, desde os primeiros casos conhecidos, mal podíamos enxergar o precipício em que nos encontrávamos.

Que, com o passar do tempo, milhões de vidas em todo o mundo seriam perdidas, e que milhões de outras seriam irrevogavelmente tocadas por uma epidemia global.

Logo aprenderíamos que a AIDS era muito mais do que um problema médico. Ela expôs as condições sociais e econômicas, as desigualdades, as políticas prejudiciais, a discriminação e a marginalização, que sempre estiveram no centro da epidemia.

Aprendidas, essas lições tiveram implicações duradouras, desde a nossa compreensão da ciência básica de retrovírus e imunologia humana, a novos modelos dinâmicos de cooperação internacional, como o Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária. Revisar como produzir conceitos de saúde e como construir sistemas de saúde é vital para lidar com essa doença.

O tema do Dia Mundial da AIDS deste ano, "Conheça seu estado sorológico", destaca a importância da testagem como caminho para a prevenção e tratamento do HIV.

Novas infecções por HIV estão aumentando em 50 países e globalmente, e diminuíram apenas 18% nos últimos sete anos. O UNAIDS estima que 9,4 milhões, ou 25%, das pessoas que vivem com o HIV não conhecem o seu estado sorológico - uma barreira para a ampliação do tratamento e para a redução de novas infecções e mortes relacionadas à AIDS.

47% de todas as novas infecções por HIV estão entre populações-chave (homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo, pessoas que fazem uso de drogas injetáveis, pessoas transgênero e presidiários) e seus parceiros. Embora o teste de HIV esteja disponível, essas populações e outros grupos vulneráveis, como adolescentes, jovens e migrantes, não fazem o teste devido ao preconceito e à discriminação, falta de confidencialidade, e medo de violência e repercussão devido a leis, políticas e práticas discriminatórias.

Embora ganhos impressionantes tenham sido feitos na ampliação do acesso ao tratamento, não vimos o mesmo sucesso na prevenção do HIV e estamos falhando em alcançar populações marginalizadas.

Para alcançar o nosso objetivo de eliminar a AIDS até 2030, vamos nos comprometer a intensificar os esforços para abordar as desigualdades e promover o acesso universal aos serviços de saúde que não deixam ninguém para trás.

Depois de 30 anos, temos muito do que nos orgulhar - e ainda muito a fazer.