Neste 16 de setembro, Dia Mundial pela Preservação da Camada de Ozônio de 2023, celebram-se as conquistas do “Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio” na reparação dessa camada e na redução da mudança do clima. O tema deste ano é Protocolo de Montreal: reparar a camada de ozônio e reduzir a mudança do clima.

A mais recente atualização do Painel de Avaliação Científica do Protocolo de Montreal confirmou que a recuperação da camada de ozônio está no caminho certo e espera-se que os níveis de ozônio retornem aos padrões de 1980 por volta de 2066 na Antártica.

Ao banir as substâncias que destroem a camada de ozônio e permitir que ela se recupere gradualmente, o tratado protege também milhões de pessoas do risco do câncer de pele e da catarata ocular, preservando ecossistemas e desacelerando a mudança do clima, na medida em que muitas dessas substâncias são gases que causam o aquecimento do clima.

No entanto, o trabalho e os benefícios do Protocolo de Montreal continuam. A “Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal” tem como objetivo reduzir gradualmente a produção e o consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) – gases potentes que causam o aquecimento do clima e substituíram as substâncias destruidoras da camada de ozônio no setor de refrigeração. A ratificação universal da Emenda e sua implementação total são cruciais, por vários motivos.

O planeta está aquecendo, o que aumenta a necessidade de ar-condicionado em casas, escolas e locais de trabalho. Ao mesmo tempo, a ampliação do acesso à cadeia de resfriamento sustentável – para manter os alimentos frescos, e as vacinas, viáveis – é essencial para atender às aspirações de desenvolvimento durável. Esse crescimento na refrigeração deve implicar alternativas seguras e ecologicamente responsáveis para os HFCs e aumentar a eficiência energética dos equipamentos de refrigeração. Ao reduzir gradualmente os HFCs, a Emenda de Kigali pode resultar na prevenção de até 0,5°C de aquecimento até 2100. A implementação de medidas de eficiência energética poderia dobrar esse valor.

A conclusão é clara: por quase quatro décadas, o Protocolo de Montreal tem sido – e continuará sendo – fundamental para proteger a saúde humana, a natureza e o clima.