Em 8 de maio de 2025, algo simples, mas poderoso, mudou na região de Gabú, na Guiné-Bissau: um forno de pão foi aceso e um novo mercado de leite abriu as suas portas. Mas isso não foi apenas o lançamento de uma infraestrutura — foi o início de uma esperança. Apoiadas pelo PNUD, estas novas instalações representam um grande passo em frente no empoderamento das mulheres de Gabú, que há muito carregam o peso dos seus lares e comunidades com muito pouco apoio e reconhecimento.
A inauguração foi mais do que uma cerimónia de corte da fita. Reuniu figuras importantes — a Governadora de Gabú, Elisa Maria Tavares, a Coordenadora Residente da ONU, Genevieve Boutin, a Representante Residente do PNUD, Alessandra Casazza, e o Representante do PAM, Claude Kakule —, todos unidos numa mensagem clara: o desenvolvimento sustentável começa com o investimento nas mulheres.
«Estas instalações representam mais do que equipamento», afirmou a Sra. Casazza. «Refletem o reconhecimento do trabalho das mulheres, uma posição em prol da justiça social e a convicção de que todas as mulheres de Gabú merecem dignidade, um rendimento justo e oportunidades reais.»
A economia de Gabú depende fortemente da pecuária, da agricultura e do pequeno comércio. As mulheres são a espinha dorsal de tudo isso — criam os filhos, cuidam das casas e administram negócios informais. No entanto, durante anos, elas trabalharam sem as ferramentas necessárias. O pão era assado em condições inseguras, o leite era processado sem higiene ou refrigeração. Não eram apenas inconveniências — eram barreiras à renda, à saúde e à dignidade.
A Sra. Kadi Djalo, uma das mulheres no centro do projeto, foi direta: “Isto vai ajudar as nossas famílias. Seremos economicamente independentes. Mas ainda precisamos de água.” As suas palavras refletem uma verdade comum em Gabú: o progresso vem passo a passo.
Antes do novo forno, o pão era pequeno, mal conservado e difícil de vender. “A qualidade não era boa”, disse a Sra. Mandica Mane, outra empreendedora local. “Agora, podemos fazer pão de verdade — pão que alimenta as nossas famílias e constrói o nosso futuro.”
O Mercado do Leite também é uma inovação. Pela primeira vez, as mulheres locais podem processar leite de vaca com segurança e vendê-lo em condições limpas e cobertas. É um impulso para a saúde da região e uma tábua de salvação financeira para as mulheres. “Elas não precisam mais trabalhar sob o sol escaldante ou na chuva”, disse a governadora Elisa Pinto Tavares. “Esta é uma grande mudança para a saúde delas — e para a economia de Gabú.”
Odette Awa Sy, líder do coletivo local de mulheres, destacou o impulso por trás desta iniciativa: “Comprometemo-nos a trabalhar com a nossa governadora. Mas precisamos de mais projetos como este. Empoderar as mulheres é como construímos o nosso país.”