Reuniões, mesas redondas e lançamento de publicação marcam participação do PNUD nos encontros do G20 no Rio de Janeiro

Presença de oficiais da sede e do escritório brasileiro permitiram acompanhar de perto discussões de temas da agenda de desenvolvimento.

31 de July de 2024
a group of people sitting at a table in front of a crowd
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um Rio de Janeiro com temperaturas amenas abrigou as centenas de participantes dos encontros do G20 de 22 a 26 de julho. Foi uma semana intensa. Delegações dos países-membros do grupo das 20 maiores economias do mundo, de organismos internacionais, como o PNUD, e da sociedade civil participaram de reuniões de alto nível da Trilha de Finanças (ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais), do pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, do encontro de ministros de Desenvolvimento, de agendas bilaterais e de eventos paralelos, como o States of the Future.

Na segunda (22), o PNUD lançou a publicação “Destaque dos Sinais de Mudança 2024”, resultado de síntese e análise de 'sinais' coletados por uma rede de mais de 300 funcionárias e funcionários do PNUD no mundo, que monitoram o horizonte em busca de questões de desenvolvimento e de sinais de mudança. O lançamento se deu no âmbito do States of the Future. O diretor do Escritório de Apoio às Políticas e Programas do PNUD, Marcos Athias Neto, representou o Administrador do PNUD, Achim Steiner.

“Dois bilhões de pessoas vivem em situações de conflito e violência. Para elas, o bem-estar das gerações futuras pode parecer uma preocupação remota em comparação com suas próprias dificuldades de violência. No entanto, devemos buscar uma convergência com o futuro. Não podemos lidar apenas com os desafios de hoje”, afirmou Marcos Neto. O documento traz uma abordagem revestida de esperança, oferece uma nova perspectiva, ao deixar claro que o futuro não está predeterminado – vivemos em um mundo de possibilidades. Embora apenas 17% dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estejam em vias de ser alcançados até 2030, a publicação sugere que a engenhosidade humana dá motivos para otimismo.

A semana foi coroada com a conquista de consenso (depois de anos de “jejum”) para o documento da Trilha de Finanças, além de uma declaração ministerial sobre cooperação para tributação internacional e outra sobre temas geopolíticos. Os documentos, assinados por ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20, incluem menções explícitas às prioridades brasileiras, como a taxação de super-ricos na agenda econômica internacional, a ampliação do financiamento para a transição ecológica, o fortalecimento dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento, o apoio a países endividados e a promoção de reformas na governança global. Esse resultado, tal como o documento do PNUD “Destaque dos Sinais de Mudança 2024”, joga luz nas mudanças necessárias para que as pessoas voltem a ter esperança na sustentabilidade do planeta, garantindo inclusão e equidade para as gerações presentes e futuras, sem deixar ninguém para trás.